Com informações da Assessoria de Comunicação Prêmio Megafone
Seis iniciativas do Pará estão entre as finalistas da 4ª edição do Prêmio Megafone de Ativismo, único no Brasil voltado a reconhecer o impacto de manifestações cidadãs. As ações vêm de diferentes regiões do estado e tratam de temas como defesa ambiental, violência obstétrica e mobilizações de mulheres, crianças e povos tradicionais, destacando o protagonismo paraense na luta por direitos e justiça social.
Entre os destaques paraenses estão a Primeira Marcha dos Manguezais Amazônicos, promovida por associações das Reservas Extrativistas Marinhas do Pará, e o ato em Marabá organizado por coletivos feministas em repúdio à violência obstétrica no Hospital Municipal Infantil da cidade. Em Belém, duas crianças protagonizaram manifestações simbólicas em cartazes: uma lembra que "criança não é mãe" durante ato contra o PL 3850/2023; a outra, de Tomé-Açu, lembra que o povo Turiwara existe e que tem direito à consulta prévia garantido pela Convenção 169 da OIT.
O Prêmio também destacou o trabalho do grupo Suraras do Tapajós, de Santarém, que concorreu na categoria "Música ou videoclipe" com o manifesto audiovisual "Da Nascente à Foz", em defesa dos territórios tradicionais e contra o garimpo ilegal. Em Belém, a jovem ativista Tay Silva também esteve entre as finalistas da categoria Jovem Ativista, por sua atuação como educomunicadora e empreendedora social.
Na categoria Ação Direta, o destaque foi o 7° Grito Ancestral do Povo Tupinambá, ato realizado entre 15 e 17 de novembro de 2024, na Ilha Ilage, próximo à Aldeia Jacaré, que denunciou os grandes empreendimentos no Tapajós. No dia 16, o ato pacífico ocupou o Rio Tapajós com barcos e bajaras, paralisando balsas e comboios em protesto contra os projetos da Ferrogrão e da Hidrovia Tapajós. “Não à Ferrogrão!” foi a mensagem central do ato. A manifestação reuniu povos como Tupinambá, Kumaruara, Jaraqui, Tapuia, Arapiun, Munduruku, Tapajó, Apiaká, Kayapó, bem como ribeirinhos, organizações e movimentos sociais.
Premiação – Realizado anualmente, o Prêmio Megafone de Ativismo valoriza manifestações pacíficas e engajadas em todo o país. Em sua 4ª edição, foram selecionados finalistas de 18 estados e do Distrito Federal, com o Pará ocupando a terceira posição em número de indicações, com seis iniciativas.
Segundo Digo Amazonas, um dos coordenadores do prêmio, o crescimento do número de inscritos mostra o fortalecimento do ativismo no Brasil, com destaque para ações criativas realizadas por pessoas comuns, coletivos e organizações locais. Os temas vão de meio ambiente e saúde a direitos indígenas, juventude, moradia e mobilidade urbana.
Anúncio dos premiados
Os premiados estão sendo anunciados nas redes sociais do Prêmio Megafone (@megafoneativismo), apresentados pelo comunicador indígena paraense José Katé (@zenarede). Além do reconhecimento público, os premiados recebem um troféu exclusivo criado pelo artivista Mundano e um megafone customizado entregue pelo correio.
Sobre o Prêmio Megafone de Ativismo
Criado em 2021, o Prêmio Megafone busca valorizar e amplificar as vozes de quem atua na linha de frente das transformações sociais no Brasil. Mais que premiar, a iniciativa quer inspirar novas formas de engajamento e mostrar que o ativismo é essencial para o fortalecimento da democracia. Em sua quarta edição, recebeu centenas de inscrições de pessoas, coletivos e organizações de todos os estados do Brasil. A seleção dos finalistas reflete a diversidade geográfica e temática do ativismo brasileiro, com causas que incluem direitos ambientais, raciais, de gênero, urbanos, indígenas, LGBTQIA+, entre outros.
Mais informações: megafoneativismo.org