Com informações e fotos do Coletivo Pororoka
A partir deste sábado (31), estará disponível ao público o Cyber Ateliê, uma nova plataforma digital criada para conectar arte e ativismo em defesa da Amazônia e de seus povos. A iniciativa é do Coletivo Pororoka e integra a Rede Artivista pela Amazônia, propondo concentrar, em um só espaço, exposições, trocas de experiências, pesquisas e informações sobre profissionais que combinam práticas artísticas e militância socioambiental.
O lançamento oficial ocorre na Embaixada dos Povos, em Belém, a partir das 19h, com uma programação gratuita que inclui apresentações musicais e exposições. O espaço é aberto ao público, respeitando o limite de ocupação. A plataforma pode ser acessada pelo site: www.pororoka.org/cyberatelie.
A proposta do Cyber Ateliê é ser mais do que uma vitrine artística: trata-se de um espaço de mobilização e articulação que busca ampliar a visibilidade das pautas amazônicas em nível nacional e internacional. A estratégia é utilizar a potência da linguagem artística, plural e engajada, para sensibilizar a sociedade em um momento crucial para o futuro do planeta.
"Eu vejo o Cyber Ateliê, e toda essa rede de artistas, como uma ferramenta importante de ampliar nossas vozes, e, mais do que isso, uma forma de expandir mais as conexões feitas no mundo da arte, e também uma oportunidade de veicular de uma forma melhor e maior a arte e as mensagens que produzimos", diz Elias Pacheco, multiartista e artesão integrante da Rede Artivista pela Amazônia.
Visibilidade para profissionais da região
Entre os destaques da plataforma está o “Mapa Artivista”, um banco de dados que reúne informações sobre artistas e ativistas da região, facilitando parcerias e conexões. O público poderá encontrar contatos, portfólios, linguagens artísticas e informações sobre localização e recortes sociais dos artivistas.
O Cyber Ateliê também funcionará como um repositório digital de obras artivistas de livre compartilhamento, disponibilizadas para movimentos sociais e para a sociedade civil em campanhas de defesa da Amazônia.
Segundo Lenu, coordenadora de artivismo do Coletivo Pororoka, que já realizou trabalho de ilustração para a Amazônia Vox, o espaço virtual representa uma importante ferramenta de mobilização. “Sabemos que a internet é um campo crítico em disputa, e, em um contexto em que somos diariamente bombardeados por ideias neoliberais, individualistas e desmobilizantes, mostrar iniciativas que defendem a construção coletiva de um mundo melhor, com justiça social e equilíbrio climático, não só é importante como também é nossa única alternativa.”
Laboratório de formação e pesquisa
Além do Cyber Ateliê, a Rede Artivista pela Amazônia também mantém o Lab Artivista, um laboratório de formação e pesquisa sobre práticas artivistas na região. O espaço, resultado de uma parceria entre a FotoAtiva e o Coletivo Pororoka, promove encontros quinzenais com oficinas, socialização de conhecimentos e práticas que aliam produção artística e ativismo.
“O Lab Artivista se propõe a aprofundar o debate sobre os problemas que envolvem a Amazônia, bem como as discussões teóricas sobre arte e ativismo”, explica o artista visual Lucas Negrão. “É também um espaço para experimentação e produção coletiva, marca da produção artivista, e para a formação sobre as lutas pela vida dos rios, dos animais, da floresta e das pessoas que vivem nesse território.”
Sobre a rede e o Coletivo Pororoka
A Rede Artivista pela Amazônia foi criada em 2025 como uma iniciativa voluntária que reúne artistas ativistas mobilizados na defesa dos territórios e dos povos amazônicos. O objetivo é estruturar uma comunidade organizada, que fortaleça lutas sociais e ambientais através de linguagens artísticas diversas.
“É um convite para juntar pessoas que, assim como nós, acreditam no poder da arte, da comunicação e da construção coletiva para fortalecer as lutas sociais em defesa da Amazônia”, resume Lenu.
O Coletivo Pororoka, responsável pela iniciativa, é um grupo de midiativismo e artivismo sediado em Belém, que desde 2020 desenvolve projetos envolvendo comunicação, arte e educação. A organização tem se destacado pela realização de intervenções presenciais e campanhas online, que mobilizam a sociedade, ampliam o alcance das vozes periféricas e pressionam legisladores por justiça socioambiental.
Serviço:
Inauguração do Cyber Ateliê da Rede Artivista pela Amazônia
Data: 31/05/2025
Horário: a partir das 19h
Local: Embaixada dos Povos - Duque de Caxias, 852 - Fátima, Belém.
Sugestão de entrevistados:
Letícia Nunes - coordenadora de artvismo do coletivo Pororoka
Lucas Negrão - artista visual e integrante da Rede Artivista pela Amazônia
Artistas presentes
Contato: (91) 98181-9776 - Lucas Freire, assessor de imprensa do coletivo Pororoka
