Por Laura Guido. Edição Natália Melo e Carla Fischer
O compromisso com a Educação Midiática tem levado o Amazônia Vox e seus parceiros a alçarem voos cada vez mais altos. Agora, a professora Marcela Castro e o aluno Antônio Reginaldo foram convidados a participar do Encontro Internacional de Educação Midiática, que aconteceu em Brasília, entre os dias 22 e 23 de maio. Com o tema “Autonomia e pensamento crítico para toda a sociedade”, o evento é uma realização do Instituto Palavra Aberta, com patrocínio da Google e do YouTube Brasil. A iniciativa busca discutir a educação midiática de forma plural e diversa, não somente dentro das instituições de ensino.
O Amazônia Vox, desde a sua fundação, tem a iniciativa de priorizar a Educação Midiática no processo da produção de reportagens.E foi a partir da parceria com a professora de Língua Portuguesa e Redação, Marcela Castro, que atua na Escola Estadual Antônio Lemos, em Santa Izabel do Pará, criou-se uma rotina: todas as reportagens especiais, antes de publicadas, são enviadas em primeira mão aos alunos de uma turma da escola. A intenção é que os estudantes, ao lerem o texto, deem sugestões para tornar a leitura mais fluida e acessível. As mudanças são incorporadas para, em seguida, o texto ser veiculado.
Essa rotina tem gerado resultados nos últimos dois anos, como a conquista do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde e a participação dos alunos no Festival Luz na Educação (LED), realizado na Estação das Docas, em Belém, em 2024. Naquela ocasião, o Amazônia Vox foi convidado a apresentar a iniciativa junto aos alunos.
Para a professora Marcela Castro, participar deste encontro sendo a única escola e o único veículo de comunicação da região Norte, representados pelo Colégio Antônio Lemos e pelo Amazônia Vox, é uma honra. De acordo com a docente, a Educação Midiática é um processo que parte da escuta, leitura e reflexão de texto jornalístico, o que só acontece a partir do contato dos estudantes com a produção jornalística. Além disso, a professora ressalta que o encontro possibilitou o diálogo com pessoas que não fazem parte da realidade e do cotidiano amazônida, portanto, não conhecem os desafios de uma escola pública do interior do Pará.
“Foi muito importante poder ouvir e, futuramente, replicar as boas práticas que foram apresentadas no evento. Se eu e o Antônio vamos falar sobre a importância de ter senso crítico para compreender o que são as mídias digitais, nós precisamos ler textos que foram embasados em pesquisas e em opiniões de quem entende do assunto. E esses textos só chegam a nós por meio de pontes, e essa ponte se chama jornalismo”, acrescenta a professora Marcela Castro.
A docente finalizou compartilhando o sentimento de felicidade de ter sido inserida no evento enquanto ocupante de um espaço importante, e falou ainda da expectativa de que outros encontros possam reunir mais veículos de comunicação e escolas da região Norte, “desde que sejam comprometidos com a narrativa amazônida e feitos por amazônidas", concluiu.
O aluno Antônio Reginaldo foi convidado não só para participar do evento, mas também para fazer uma fala na manhã desta sexta-feira. O estudante destacou a importância das ações do Amazônia Vox na sua sala de aula da escola Antônio Lemos. “Eu pude colocar em pauta todos os assuntos que representam a escola pública e os amazônidas. E esse lugar de fala que o Instituto Palavra Aberta, em parceria com o Educamídia e o Amazônia Vox, me deram, é de extrema importância não só para mim, mas para toda uma nação de jovens e adolescentes da escola pública e das periferias da região Norte”, finaliza.
Essa oportunidade de aperfeiçoamento, aprendizado e troca de experiências pode potencializar o conhecimento dos alunos e, consequentemente, a prática de “alunos revisores” das produções de reportagens especiais do Amazônia Vox, que tem como objetivo tornar o texto mais acessível a todos.