Por Laura Guido, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Daniel Nardin
Com o tema sobre a década do oceano e a prática esportiva para a conservação do mar, a jornalista Larissa Noguchi e o fotojornalista e filmmaker Marcio Nagano foram aprovados no edital da Fundação Grupo Boticário em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco). Além do Amazônia Vox, também foram selecionados outros quatro projetos, entre os mais de 50 inscritos: Folha de São Paulo, Revista Galileu, Portal Terra e Portal Um Só Planeta, da Editora Globo.
De acordo com o edital, com a proximidade dos Jogos Olímpicos e das Paralimpíadas que ocorrerão em 2024 em Paris, foi elaborado o programa para dar visibilidade do quanto o esporte pode apoiar a preservação marinha, com práticas sustentáveis. “A relação entre a conservação do oceano e a prática de esportes aquáticos, náuticos ou diretamente influenciados pela região costeira” foi a temática transversal que guiou os participantes para a produção de suas propostas de reportagens.
A proposta apresentada por Larissa tem enfoque na Amazônia Atlântica, que corresponde a região de Bragança, Ajuruteua, Salinas, Algodoal, Marudá, Curuçá e Vigia, denominado de “Salgado Paraense”. Assim, a proposta pretende relacionar o papel do esporte na conservação do oceano a partir da Amazônia. Larissa também é atleta amadora de VA’A, modalidade conhecida como canoa havaiana, já foi campeã Brasileira e Panamericana.
Nesse sentido, sua ligação com as águas, rios e oceanos amazônidas é antiga. “A minha vida é na água, eu amo o oceano, os rios. Só que o Brasil não conhece a Amazônia Atlântica, quando a gente fala sobre a Amazônia, nosso imaginário é voltado pra floresta e água doce”, ressalta a jornalista.
Assim, Larissa conta que viu, neste edital, uma oportunidade de espalhar um pouco do que é a Amazônia Atlântica, do que é o oceano amazônico com o objetivo de romper estereótipos e ampliar a visão das pessoas que nunca percorreram essa região. Dessa maneira, a ideia da reportagem é fazer a relação da conservação ambiental no litoral e a conexão com os esportes como o surf, a canoagem, e o kitesurf. “Pra mim é muito gratificante poder estar entre jornalistas e veículos conhecidos e relevantes. E estamos ali com a responsabilidade de representar a Amazônia, a Amazônia Atlântica e os esportes. Será incrível, além de impressionante, o Brasil poder conhecer as águas salgadas da Amazônia”, celebra Larissa Noguchi.